segunda-feira, janeiro 20, 2014

Far far away...

Papu senta-se ao computador, lá fora um dia luminoso, o sol que entra pela janela leva-a para longe desta Londres que a acolheu, e empresta um calor reconfortante que ajuda a encontrar memórias, histórias, gentes e cheiros do seu Alentejo.
E escreve, dos seus dedos brotam palavras, da sua cabeça ideias e histórias. Papu escreve!
Quando escreve é muito mais do que mãe, é muito mais do que esposa, é muito mais do que ela própria. É um mundo inteiro que se espraia para lá do que a sua própria  imaginação. Reinventa-se através das personagens que conta. Reencontra-se nas suas origens aquém e além mar.
Papu é tudo isto e muito mais. É os amigos que deixou para trás, é a família que carrega consigo, é as histórias que habitam dentro de si, é capacidade de sonhar, é o que faz no dia-a-dia sem ninguém ver. É muito mais.

Gabriela Ruivo Trindade ganhou o prémio Leya.
Vezes sem conta é apresentada como "a desempregada que este ano ganhou o prémio Leya"
Mas Gabriela Ruivo Trindade é a Papu, não gosto que seja essa a característica a descreve-la.

Quem quiser ler a Gabriela tem-na aqui:  no blog far far away


6 comentários:

  1. José Palmeiro1:01 da tarde

    Estou em total acordo com o que refere relativamente à Papu.
    Não o saberia dizer melhor por isso aqui estou a agradecer-lhe.

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  2. Excelente post/homenagem e não sei mais o que dizer e quando tiver um tepinho irei ler o seu blogue.

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  3. Obrigada :) mais uma vez

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  4. Maravilhosas palavras de uma amiga para outra amiga. Na verdade o "rótulo" de desempregada é muito desagradável, mas na verdade é a realidade.
    Por vezes o desemprego traz consequências boas como estas, mas talvez a Gabriela gostasse de poder exercer a sua profissão de psicóloga?! temos que lhe perguntar...

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  5. Zuzu: o desagradável não é o estado de desempregada; nem que o refiram. Mas isso passar a ser, como disseste muito bem, um rótulo? A forma de apresentar a notícia - o título - que quanto a mim deve ser um destaque em poucas palavras do que é mais importante: Desempregada portuguesa ganha prémio... Claro que é a realidade eu estar desempregada, mas daí a dar destaque a esse facto dessa maneira, no título, nas notas de rodapé, dar-me a conhecer como a desempregada, acho desnecessário e muito pouco simpático.

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