Era uma avó... particular...
Dona do seu nariz, opinativa, feminista, não particularmente carinhosa, e com uma gargalhada que ocupava uma sala inteira.
Tenho pena de a ter perdido ainda em pequena e não ter podido descobri-la com um olhar mais maduro.
Não sei quantas vezes foram (pode até ter sido só uma) mas quando penso em cinema da minha meninice é dela que me lembro.
As idas ao cinema da minha infância têm sabor a enfarinhados com queijo e fiambre. Não sei onde ela os comprava, pois nos sítios por onde eu andava não os havia, mas lembro-me do bem que me sabiam, no intervalo da matiné.
Disso... e da minha avó adormecer durante a sessão e (talvez só na minha imaginação) ressonar um bom bocado.
São doces estas memórias.
Porque hoje foi dia de sessão infantil - ou mais ou menos - e imaginei que iria adormecer... Mas não, acabei por ver o filme e não o achar tão mau assim!
:)
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