segunda-feira, outubro 14, 2019

Acabei de perceber!!

Sobre o que irei falar no tal encontro de que vos dei conta há umas semanas.
O tema do colóquio é Psicanálise e Depressão e terá lugar esta 6ª e sábado.
Enfim...
Mais vale tarde do que nunca!

O Workshop já estava alinhavado há mais ou menos 1 semana, e na verdade não há muito a preparar, será o que os participantes fizerem dele! A mim caber-me-á apenas dirigir bem o grupo! Terá o título "A tristeza é um muro entre dois jardins"  (uma expressão de Khalil Gibran).

a comunicação... estava ainda em estadio muito larvar.
Tinha enviado um resumo:

"O brincar, que na criança estabelece a relação entre o mundo interno e o mundo externo, é uma ferramenta essencial para aceder ao mundo dos adultos, e o ponto de equilíbrio do lugar dado ao principio do prazer - na sustentação do desejo e na forma encontrada pelo pré-consciente para lhe dar expressão.
No adulto o brincar é substituído pela actividade imaginativa (ou fantasia). O prazer do brincar é trocado pelo prazer de fantasiar.
As histórias são instrumento de todas as idades. 
No processo analítico, paciente e analista vão co-construindo metáforas, alegorias, uma linguagem (fantasia) comum que atenua os mecanismos de defesa, tocando a barreira de contacto com o inconsciente, e permitindo que as soluções das narrativas construídas passem a fazer parte da sua história de vida."

Mas na verdade sabia a forma que queria dar à comunicação mas não fazia ideia do conteúdo!
E hoje descobri!!!
Yeiiii !!!!

Vou pegar num caso de "depressão branca", uma história cheia de vazios em que foi percurso da análise criar metáforas, imagens, ligações, ...
Quero começar a comunicação com uma história, ser durante 5 min uma contadora de histórias, para depois enquadrar teoricamente os processos que se vão sucedendo. E explicar aos mais novos (estudantes de psicologia, que serão a maioria dos participantes) que a teoria serve "apenas" de estrutura interna do terapeuta que de "nada serve" na relação com o outro. Ou seja que tem de ser integrada até ser tão nossa que a possamos esquecer, e que por isso vai aparecendo sem nunca ser nomeada.

Pronto!
Era isto.
Na verdade não sei se isto interessa a alguém!
Eehheeheh
Mas estou contente por ter finalmente desfeito o nó que não me permitia escrever nada!

3 comentários:

  1. Por vezes a melhor forma de resolver "o problema" é não pensar nele como um problema. Como li, não sei onde, escrito não sei por quem, a melhor maneira de ajudar alguém é ouvir. Estar lá. Ser presente. A Humanidade precisa mais disso que de soluções...
    Beijinhos. Bom colóquio!

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