quarta-feira, março 08, 2006

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"... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

( Miguel Sousa Tavares a propósito da morte de sua mãe )


4 comentários:

  1. Este texto foi-me enviado por um amigo, há já algum tempo, quando falavamos de despedidas.
    Achei muito bonito!
    Guardei!
    E hoje aeteceu-me partilha-lho convosco.

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  2. Gostei de recordar as vistas sobre a praia da torre e de carcavelos... que saudades das esplanadas, do cheiro a marezia,do glamour...das pessoas giras. Quando é que podemos lá voltar?

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  3. nunca tinha pensado dessa maneira...mas é pura verdade..
    iludimo-nos com muita facilidade..e ficamos tristes quando perdemos ou vamos perder tal coisa...mas depois percebemos que nada é nosso de facto, nem para sempre. e essa é uma sensação...de total liberdade não sei..

    tens o dom de me fazer crescer, cada vez que te visito..

    parabéns ao papá aí de casa, já que hoje é dia do pai...
    beijinhos, Ana Campos

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  4. já conhecia este texto.. há tempos fiquei a saber de forma profunda o que significava... pior do que perder alguem de quem muito gostamos e esse alguem morre, é perdermos alguem que está vivo... ou não? não... de facto não somos donos de ninguem... as vezes iludimo-nos... nada mais que isso!

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