"Meu querido,
Parto hoje à pressa sem tempo de te ver uma última vez.
Confio que aqui voltes, e que encontres a minha carta. Se me procurares em algum lugar será aqui. E vais procurar-me! É insuportável para mim a ideia de te saber perdido, a pensares que simplesmente virei costas e parti. E ao mesmo tempo sei que é por cobardia que não fui ao teu encontro, não saberia despedir-me.
Confio que aqui voltes, e que encontres a minha carta. Se me procurares em algum lugar será aqui. E vais procurar-me! É insuportável para mim a ideia de te saber perdido, a pensares que simplesmente virei costas e parti. E ao mesmo tempo sei que é por cobardia que não fui ao teu encontro, não saberia despedir-me.
Sei que sonhaste tudo
o que eu sonhei para nós e nunca foi dito por ser impossível. Sabíamos os dois
que este dia ia chegar. Eu ou tu. Um de nós teria de partir.
Amei-te! Amo-te mais do que alguma vez tive coragem de dizer. Acho que nem a mim própria o disse.
Quero escrever-te tudo e ao mesmo tempo sinto as palavras pequenas para te dizer o turbilhão que me avassala.
Amei-te! Amo-te mais do que alguma vez tive coragem de dizer. Acho que nem a mim própria o disse.
Quero escrever-te tudo e ao mesmo tempo sinto as palavras pequenas para te dizer o turbilhão que me avassala.
Queria levar-te comigo, ou que me resgatasses tu numa cena
de cinema e me impedisses de partir, mas sabemos os dois que isso não vai
acontecer, a vida não tem nada para oferecer a nós os dois juntos. A casa
perfeita, filhos, um cão e um periquito... não é para nós, pois não?
O meu amor por ti é dos que queima. Ia acabar por
destruir-nos.
Consumo-me em angústia com a ideia de não voltar a ver-te. Cresce-me um buraco indizível no peito. O meu corpo perde sentido, como se fossem as tuas mãos as delimitadoras da minha pele. E ainda assim, ou talvez por isso mesmo sei que tenho de partir.
Consumo-me em angústia com a ideia de não voltar a ver-te. Cresce-me um buraco indizível no peito. O meu corpo perde sentido, como se fossem as tuas mãos as delimitadoras da minha pele. E ainda assim, ou talvez por isso mesmo sei que tenho de partir.
Também o sabes, não sabes?
Não irei amar nenhum outro como te amei a ti. Sei-o porque
não o suportaria!
Adeus meu amor."
_______________
Alguns dos textos que tenho publicado são respostas a desafios de um concurso de escrita criativa, caso tenham estranhado o aumento de produção…. :)
Deu-me muito prazer ler esta carta.
ResponderEliminarO amor, tema por excelência, para belos registos.
Beijinhos
Despedidas que deixam tanta tristeza sobretudo quando são...para sempre!
ResponderEliminarÉs excelente e onde fica esse concurso de escrita criativa?
Beijocas e bom sábado
Obg Fatyly,
ResponderEliminarOs textos vencedores das etapas estão aqui ao lado na minha lista de blogs. "Escrita criativa - campeonato nacional"
E sabes.... não me é fácil escrever com tema orientado.... Ahahah ... gosto de escrever o que me apetece! ;)
Que maravilha de texto! Participo num workshop de escrita criativa, online, e também me faz confusão escrever dentro de um espartilho. Mas o treino que se obtém com esse esforço é recompensador :)
ResponderEliminarBelíssima despedida. Autêntica dor de amor.
ResponderEliminarbj amg