"Loves on Runs" de Carlos Farinha |
Ele acorda mais uma vez num quarto vazio.
É assim que o sente na ausência dela.
Olha para o lado direito da cama e parece ainda conseguir adivinhar a marca da sua cabeça no travesseiro. Ainda mal acordado, num acto pouco pensado, alcança a almofada dela e procura nele o cheiro dos seus cabelos.
A memória dela assalta-lhe o corpo.
Como se a própria pele a evocasse, sem qualquer recurso ao pensamento consciente.
Mas o quarto está vazio.
E a vida dela corre lá fora.
Corre sempre!
A uma velocidade atroz,
E ele… Ele aprendeu a correr também. Ainda não percebeu como?, nem quando? Mas percebeu porquê.
Tinha de acompanha-la.
Correr sempre.
Para quê…?
E o quarto está vazio.
Hoje não quer correr.
Levanta-se vagarosamente, quase como que num desafio às corridas diárias, hoje não vai correr.
O telefone toca.
Chegou uma SMS
E um sorriso conquista-o.
E de repente o dia começa de novo.
As palavras são dela:
"Não penses nunca que não vou ter tempo para amar-te."
O amor e as suas (in)constância.
ResponderEliminarBom Domingo.
Abraço
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminaro tempo é de...
ResponderEliminarde sms... madrugadoras...
de desafios
de corridas
de sentires
de promessas de correr para amar...