quarta-feira, abril 04, 2018

Comunicar




Consegui organizar a minha semana para estar hoje com a prole ainda em férias de páscoa como é sabido.

Fomos ao NEWSMUSEUM, que ocupa o espaço do antigo museu do brinquedo em Sintra.
Gostamos mesmo muito! Pudemos ser repórteres de TV, locutores de radio, fazer jogos e viagens por um universo virtual - recomendo MESMO a visita.

Uma das salas é dedicada ao jornalismo de guerra. Tem excertos de reportagens, elabora sobre o papel e o poder dos órgãos de comunicação social, e da informação em si.
Às tantas deparei-me com o vídeo que aqui coloco.

Como partilhei o Mr Boop esteve agora 1 mês no Iraque (regressou este fim de semana e correu tudo muito bem, obrigada!), e antes disso andou por outros cantos esquecidos do mundo, Sudão do Sul, Congo...
Nunca foi por dever, mas sim por escolha, ou uma demanda interna se assim o quiserem. 
Mas sempre pudemos falar diariamente, uns minutos, poucos, de vídeo chamada, e tranquilizavamo-nos de parte a parte.

Comoveu-me ouvir estes homens.
Longe e incomunicáveis. 
E percebi o quão importante deve ter sido, para os próprios e para a família, vê-los e ouvi-los. Sabe-los vivos. 
Esquecemo-nos com demasiada facilidade o quão diferente era o mundo, o quão mais distantes estávamos. 

Olhem...
Se puderem, passem por lá!

12 comentários:

  1. Ah... esqueci de dizer que vivo no Porto e desde a morte do JP nunca mais saí da minha "aldeia". 14 anos a tratar de um doente tornou-me um pouco eremita. Para além de morar no Norte...

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  2. Ainda me lembro dessas mensagens natalícias dos soldados que combatiam nas colónias. Primeiro, foi na rádio. Mais tarde na TV.
    Essas mensagens, infelizmente, tinham um objectivo que era diferente do que à primeira vista parecia, já que tinham fins políticos, principalmente o de preservar o domínio português nas colónias.
    Continuação de boa semana, amiga Boop.
    Beijo.

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  3. Conheço esse espaço e as mensagens dos soldados nem te digo, nem te conto porque ouvi-as ao vivo e como dói ainda!

    O Mr Boop está de volta e cumprida mais uma missão tão nobre!

    Beijocas a todos

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  4. Olá Menina Marota!
    Bem vinda!!!!
    :)
    Na verdade surpreendi-me por me comover - estava lá com os miúdos, a descobrir coisas (é realmente muito interactivo o museu - e deparei-me com a gravação e com os ecos que fez em mim.
    Mas é bom sentir coisas!

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  5. Jaime,
    Percebo o que quer dizer.
    Provavelmente haverão sempre vários níveis de leitura para um mesmo acontecimento.
    A complexidade que abarcam é tanta que nem todas as hipóteses de leitura estarão acessíveis a toda a gente.
    Mas esse facto não torna nem menos importante, nem menos relevante, nem menos verdadeira a forma como cada um experiência a coisa em si.
    Obrigada pelo seu olhar que enriquece a leitura.

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  6. Fatyly,
    a mim tocaram-me e estou longe de tudo o que se passou.
    Somos seres de razão e emoção - nem sempre se conciliam muito bem estas duas coisas.
    :)

    Beijos

    (E sim, Mr Boop de volta!)

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  7. excelente.
    muito pedagógico - é fundamental não perder a Memória

    sei do que o video fala. estive lá...

    beijo

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  8. O museu está interessante porque nos permite olhar para trás mas também adivinhar o futuro.
    Mas concordo. É mesmo fundamental manter a memória, seja da história individual seja da história colectiva. Só sabendo de onde vimos poderemos andar conscientemente para onde quer que vamos.

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  9. Impossível não ficar com os olhos cheios de água!
    Todos nós (ou quase todos) tivemos algum familiar ou amigo na guerra do Ultramar.
    Eu tive um tio... que felizmente voltou e continuou cá a sua carreira militar.
    Mas nem todos voltaram!

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  10. Eu nasci em 73.
    Não tenho lembrança desses tempos.
    Sou talvez da primeira geração em que os acontecimentos foram contandos e não vividos.
    Mas tenho à conta da guerra uma prima moçambicana!
    ;)

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  11. E eu estava a entrar para a primeira classe...
    As memórias que hoje tenho daqueles tempos também não são minhas. Já foram herdadas.
    (^^)

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