sexta-feira, abril 17, 2020

17/35 A Trégua

Já não sei onde fui buscar a recomendação para ler Mario Benedetti.
Alguém se acusa?
A própria Cavalo de Ferro?
Não fiquei fascinada. A meio do livro achei que não voltaria a pegar num livro dele, mas depois o enredo acabou por me prender. 
Porque me terá agarrado este livro e não outro (porque continuo contaminada pela estranheza da quarentena)? 
Talvez por ser um relato individual. Escrito na primeira pessoa, num testemunho íntimo, privado, quase uma confissão. De quem se senta para escrever longe do olhar de terceiros. De um homem simples, de uma vida banal.
Mas como todas as vidas banais tão única e impactante para quem a protagoniza.
Uma história sobre o envelhecimento, sobre o luto, sobre o amor. Sem ser pretensiosa. 
O título - o que ele abarca - é o negativo da ideia que primeiramente suscitaria. Afinal há tréguas ferozmente intensas.



Sinopse:
Um romance que nos fala com sensibilidade e realismo do amor, do medo, da solidão, da felicidade e da morte. Adaptada ao cinema, ao teatro, à televisão e à rádio, "A Trégua" é uma das obras mais importantes da literatura sul-americana, com mais de 100 edições e 20 traduções.
Na Montevideu cinzenta e conservadora dos anos 50 do século XX, Martín Santomé, viúvo e pai de três filhos já adultos, regista no seu diário os poucos meses que o separam da reforma, triste corolário de uma vida composta por rotinas diárias e resignação. A monotonia dos seus dias será, porém, bruscamente interrompida quando a jovem e tímida Laura Avellaneda vem trabalhar para o seu escritório. Apesar da diferença de idades que os separam, o encontro entre Santomé e Laura derivará numa relação séria e apaixonada, que confrontará Santomé com o resultado de sentimentos que pensava já arredados da sua vida.
«Um romance soberbo, um verdadeiro drama, que analisa a alma humana sob pontos de vista pouco comuns na literatura sul-americana.»

5 comentários:

  1. Parece ser um bom livro, vou procurá-lo

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  2. Acredito que seja um livro que não deixe o leitor/a fechar a página ou a folha,
    .
    Saudação

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  3. Parece um livro forte, mas bom!
    -
    Nos labirintos da minha existência
    -
    Beijos e uma boa noite
    Bom fim de semana

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  4. nã deve ter nada que ver, mas lembrei-me do A morte de um apicultor do Lars Gustafsson... nã sou muito de recomendar livros, mas fica a sugestão

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  5. Já o li Mau-tempo.
    Há muitos anos.
    Confesso que não me recordo muito da história.
    Devo tê-lo por aí...

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