⭐️⭐️⭐️⭐️
Só não dou 5 estrelas porque ler este livro é visitar uma angústia terrível. É fazer o exercício permanente de identificação com a personagem principal e ao mesmo tempo o necessário movimento de sobrevivência de afastar a história de nós.
Está muito bem escrito!
O trauma explicado na primeira pessoa. Todos os passos.
Uma mulher é violada.
Assistimos (por dentro e por fora - nesse processo de identificação e necessidade de destanciamento) ao momento da violação (descrito com um cuidado inquestionável), à relação com o corpo maltratado, à ambivalência para com o processo crime, à redescoberta da sexualidade, à hiperpresença impossível de “sacudir” das lembranças corpóreas/sensoriais, ao medo da transmissão geracional do trauma, ao aprender a viver com “o mal” fazendo parte da história pessoal.
Um murro no estômago.
A concretude de algumas passagens põe-nos dentro da história sem pedir licença.
Mas muito bem conseguido.
Não consigo recomendar o livro a ninguém!
Estou tentado a seguir a não recomendação.
ResponderEliminarPela tua narrativa não leria nem este nem o do andar de baixo porque sim...porque sim!!!!
ResponderEliminarBeijocas e um bom dia
Salvo erro, és a segunda pessoa que ouço tecer grandes elogios a este livro, mas a temática revira-me as entranhas só de saber qual é.
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