Volta e meia pego num livro de Mário Zambujal. Escrita é simples e fluida, os temas os do dia-a-dia, sem grandes surpresas ou revelações.
Há nos seus livros um quê de “português” - vou ver se me explico!
MZ deve andar nos seus 80’s (fui ver - 85a) e este livro tem cerca de 10 anos. Terá sido escrito portanto por um homem de 70’s.
A história é a de um jovem, dos seus amores, paixões, conformismos, escolhas, decisões. Desde a adolescência até à idade adulta.
Mas o olhar para a história tem um certo desalento, descrença. Como se a própria possibilidade de amar ou de ter esperança numa vida preenchida se tivessem escuado. Foi escrita por quem já gastou os cartuxos do desejo, do ensejo, e tem um olhar desencantado para as histórias de amor.
E isto talvez me tenha soado a um pouco de “fado” e por isso tenha inscrito este livro num “olhar português” seja lá o que for que isto queira dizer.
Deixou-me um pouco triste. Será que inevitavelmente todos acabaremos por desacreditar nas histórias de amor e na força daquilo que nos liga a quem amamos? Será tudo perecível, sem romanceação possível?
Reconheço em mim um traço meio ingénuo, que teimosamente se agarra à maravilhosa e enebriante valsa de sentidos e emoções que faz com que cada um se sinta vivo. Sim o amor! A dor! O ciúme! O entusiasmo! O investimento! A dúvida! A insegurança! A completude! Dirigido a pessoas, profissão, projectos… À Vida!
(Voltarei ao Zambujal! )
⭐️⭐️⭐️ (em 5)
O Zambujal era um dos integrantes do célebre Pão com Manteiga.
ResponderEliminarHumor sem limites.
Boa semana
Mas o título é bem giro :)
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