O primeiro livro de Shirley Jackson que li - “Sempre vivemos no castelo” - é muito bom. Tem as personagens bem exploradas, e a agorafobia é descrita lenta e subtilmente, a autora guia-nos numa viagem pormenorizada e sensitiva até à propriedade das irmãs, e a trama vai-se adensando e ganhando contornos inesperados e quase inverosímeis levando a patologia (doce e silenciosamente) ao seu limite.
John Montague, especialista e estudioso do oculto, chega a Hill House em busca de algo concreto que possa provar a existência do sobrenatural. Acompanham-no, Theodora, a sua assistente, Luke, o futuro herdeiro da propriedade e Eleanor, uma mulher solitária e frágil, já com experiência de encontros com poltergeists.
Contudo, aquilo que, inicialmente, era apenas uma experiência em torno de fenómenos inexplicáveis torna-se, em pouco tempo, uma corrida pela sobrevivência, à medida que Hill House ganha poder e escolhe, de entre eles, aquele que quer para si…
A Maldição de Hill House é um dos mais perfeitos exemplos do terror e do suspense em literatura. Fonte de inspiração para nomes como Stephen King ou Guillermo del Toro, confessos admiradores de Shirley Jackson, a história foi adaptada por duas vezes ao cinema em filmes de grande sucesso.
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