“Identidade”, um filme de Rebecca Hall, na Netflix.
Um filme da NYC de há 100 anos.
Uma mulher negra, que se faz passar por branca, reencontra uma amiga de infância.
O encontro das duas vai cruzar dois mundos, e provocar um desarranjo na construção identitária de cada uma delas.
Para além da questão do racismo, do lugar do branco e do negro (tão bem evidenciada pela escolha da directora de fazer um filme a preto e branco e da fotografia, do uso da luz, que acentua as tonalidades), a trama convida-nos - ou melhor, mergulha-nos sem escapatória - no mundo interno e frágil das personagens. O desconforto, a identificação narcisica, a compaixão, a inveja, o ciúme, a angústia crescente de um mundo de relações que foge progressivamente a qualquer controle.
O final é quase onírico. (Sem spoilers)
A realizadora branca, que nos põe indubitavelmente do lado da negra, numa crítica à manipulação poderosa da mentira, e que nos traz uma questão que me parece muito interessante, da capacidade de escotomizar a realidade quando não se quer ver o que está “debaixo dos olhos”.
Gostei!
Acredito que seja um filme muito interessante de ver.
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Registo e agradeço a sugestão.
ResponderEliminarBfds
Como não tenho a Netflix não posso ver mas deve ser excelente.
ResponderEliminarBeijos e um bom dia