Vaca de Fogo

Lembras-te meu amor do fogo?

De caminhar pelas ruas tão cheio que dos teus poros se soltam fragmentos tangíveis de felicidade.

De ter estampado um sorriso sem dar por isso.

De o toque ser fogo de artificio.

De sem quereres seres luz.

Fogo que em mim ainda arde.

Alimentado a carvão e sonhos

E do eco que de ti vem.

Nostalgia de uma festa alheia, que o povo eterniza, repetindo sem compreender. Não sabem que é de nós que falam, que somos nós a vaca de fogo, que o que nos consome é assim, intenso, venturoso, que queima, que enfeitiça.

Reconheces meu amor, o fogo?

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Através do ritual do fogo, o homem celebra o renascimento da vida e do seu elemento purificador, precisamente quando ocorre o solstício de verão ou seja, o momento em que o sol atinge o seu ponto mais alto no Hemisfério Norte, constituindo o dia mais longo do ano. Por seu turno, a vaca constitui um dos animais que se encontra simbolicamente associado aos ritos de fertilidade.