Não sei se se recordam mas aqui há tempos fui a uma livraria comprar UM livro e saí de lá com meia dúzia...
Pronto!É um problema meu!
Um deles era este "Silencieiro". Achei piada ao nome, fiquei curiosa sobre o que ele encerraria, li a contracapa, e rendi-me a esta edição da Cavalo de Ferro (Sim! A editora ajudou! Tem bons livros e encadernações fantásticas!)
O que tenho a dizer sobre o livro:
O pensamento obsessivo e factual torna a leitura deste livro para mim difícil. Faltou-me a melodia, a continuidade narrativa, a linha que tece o pensamento mais neurótico e romanciável.
Mas isto diz apenas que os traços do personagem que nos traz a história estão bastante bem explorados. Está bem escrito portanto!(diz esta extremamente conceituada critica literária! Ahahahaha)
E é interessante a questão do ruído insuportável. Seja ele qual for. De como a realidade externa pode ser de tal forma invasiva que leva alguém a uma busca incansável para calar o mundo.
O livro é de 1964, foi editado este ano cá em Portugal pela Cavalo de Ferro
Se quiserem saber mais de Antonio Di Benedetto vejam AQUI
Tenho ido ler para o jardim nestes tempos de primavera e quarentena. |
PS - Estava a pensar que esperei deste livro algo semelhante ao "Ensaio sobre a Cegueira" em que realmente se consegue anular um sentido. Imaginei o protagonista a recolher-se num isolamento distante da civilização (como em "O Perfume") e a ser mesmo assim invadido pelos sons da natureza.
Mas este é um livro realista. E retrata a impotência (não a omnipotência).
Também me acontece o mesmo quando vou a uma livraria - mas nos últimos tempos estava a tentar evitá-lo.
ResponderEliminarVou seguir o link