O sol já há muito se levantou, mas o mundo tem ainda a calma dos adormecidos.
Trago comigo um livro (o que não será estranho para quem me lê) e venho deitar-me na rede por baixo do grande Pinheiro Manso.
No céu não há nuvens que denunciem ventos, está de um azul turquesa límpido, qual fundo harmonioso para o verde resplandecente das agulhas do Pinheiro onde incidem os primeiros raios do astro rei.
Mais uma vez tenho pena de não saber mais sobre o canto dos pássaros. Oiço as rolas, e outros piares que não identifico. Um melro pousa no campo em frente buscando o seu pequeno almoço, e andorinhas cruzam o céu de vez em quando. Hoje não se ouve o pica-pau, que este ano não vi, mas cujo som me chega tantas vezes distinto e sincopado. Um bater de asas aqui e ali faz-me levantar os olhos.
Sei das cegonhas a uns 4 km daqui mas é raro vê-las cruzar o meu céu.
Hoje é Domingo, e por isso ao som dos pássaros juntam-se os ecos graves e abafados dos tiros. É dia de caça. Os “meus” pássaros parecem não se incomodar. Ou talvez os seus chilreios sejam notícias dos caçadores, mas não creio.
São assim as minhas manhãs.
Invejáveis manhãs. :)
ResponderEliminarOh que maravilha de publicação! Humm
ResponderEliminar*
Caminhar seguro...
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Beijo e um Domingo
Estar numa rede e debaixo de um pinheiro com esse cheirinho agradável... é o paraíso!
ResponderEliminarO paraíso é estragado pela caça.
ResponderEliminarNunca percebi tal coisa.
Deve ser defeito meu.
Boa semana