Final da década de 60 em Lisboa.
Um médico, Fernando, é contratado para tratar os prisioneiros da PIDE.
Tendo tentado ter uma vida afastada da política, fazer o seu trabalho, interessar-se pelos seus pacientes, sendo reconhecido pelo seu carácter manso e digno, e preso ainda num amor antigo, vê o seu intuito de imparcialidade ser cada vez mais difícil de manter.
Solicitado pelos amigos para se juntar aos movimentos clandestinos contra o governo de Salazar, e inquieto e indignado com os excessos da PIDE, percebe que lhe é impossível permanecer apolítico (não sei se esta palavra existe….).
Há alturas na história, individual, da nação, e do mundo, em que não se pode ficar em cima da linha.
Caberá a cada um saber de si e das suas escolhas.
Uma novela gráfica de Nicolas Barral que nos traz Lisboa desenhada em cada página. Acho que foi isso que mais gostei neste livro. O traço faz-me lembrar algumas aguarelas.
Os corpos (continuando a falar do traço) são tratados com respeito.
E as cores são as do cinzento da época em que nada de exuberante era permitido.
E há o fado. Canção de sempre desta Lisboa. Transversal, intemporal, e por isso quase personalizável como testemunho da história de um país. Local de encontro, de amor, de política, garante da continuidade dos tempos.
Gostei!
Já tenho o meu em Lisboa, vamos lá ver quando mo chega às mãos.
ResponderEliminarUm retrato de um período negro da nossa História.
ResponderEliminarUm livro que vou tentar comprar. Imagino ser muito interessante
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Cumprimentos cordiais
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Gosto de dar música as alguma pessoas...
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=Bgs8S67xx2Q