Foi o primeiro livro de J.M.Coetzee que li e gostei do estilo de escrita. Lerei mais seguramente, se a ocasião se proporcionar!
Deveria ter lido previamente “A infância de Jesus” o romance que precede este… mas não li! De qualquer forma o presente volume (2.o de uma trilogia) vale por si só!
Este livro prometeu mais do que aquilo que acabou por oferecer. Mas manteve-me ligada.
A história, publicada pela primeira vez em 2016, traz-nos algo que é muito actual. A necessidade de começar uma vida nova num país estranho, a vida que se deixou para trás é vetada ao esquecimento, há que criar nova identidade, novos laços, novos lares, mas num outro plano, mais íntimo, mais visceral, permanece a necessidade de se ser reconhecido na essência, de que os olhos de alguém sejam capazes de ver para além da aparência e que através desse olhar se possa responder à pergunta “quem sou eu?”.
SINOPSE
Personagem tão inesquecível quanto Alexander Portnoy (de O Complexo de Portnoy) e Mickey Sabbath (de Teatro de Sabbath), David Kepesh conduz as peripécias deste romance hilariante sobre um professor dividido entre os instintos, o afeto e o intelecto.
Nos seus tempos de estudante universitário, David Kepesh define-se como «um devasso entre os académicos, um académico entre os devassos». Mal imagina quanto este lema irá ser profético - ou pernicioso.
Porque enquanto Philip Roth segue Kepesh desde a infância em família até ao campo imenso das possibilidades eróticas, de um ménage à trois em Londres às garras da solidão em Nova Iorque, vai criando um romance sumamente inteligente, comovedor e muitas vezes hilariante sobre o dilema do prazer: onde o procuramos; por que razão fugimos dele; e como nos empenhamos em conseguir uma trégua entre a dignidade e o desejo.
O Professor de Desejo
ISBN 9789722071116Edição/Reimpressão 10-2020Editor: Dom QuixoteIdioma: PortuguêsDimensões: 157 x 234 x 20 mmEncadernação: Capa molePáginas: 304
Gosto muito de livros, mas essa história não chega a me cativar o suficiente. É como se já adivinhasse o que vai contar - daí a sensação. Um homem que, como quase todos, gosta dos prazeres da carne e delicia-se nisso, relegando outros tipos de envolvimento pelo prazer momentaneo. Depois décadas mais tarde, quando o corpo lhe começa a falhar, fica com os cabelos brancos etc e tal é que começa a perceber que gostaria de ter outro tipo de relacionamento carnal, um que envolvesse também o espiritual. O "amor". E lá vai ele, esquecer todas as mulheres da sua idade, para procurar uma parceira em idade reprodutora e por quem ainda sinta tesão, procurando desesperadamente por uma jovem que possa se interessar pela sua pessoa - agora sem os atrativos da juventude.
ResponderEliminarPosso estar enganada mas, como reflecti sobre este tema ainda agora numa resposta que dei num post meu, ainda tenho o conceito avivado.
Cumprimentos.