Fiquei curiosa por ter sido o último livro de ficção publicado em vida por Camus.
Mas foi penoso, em alguns trechos…
Outros houve que trouxeram ideias mais interessantes, mas não o suficiente para o considerar uma boa leitura.
Foi como se eu estivesse activamente a procurar no livro razões para o continuar a ler. E fui encontrando aqui e ali…
Algumas das ideias:
- uma sala cheia de livros meio lidos é tão repulsiva como a ideia das pessoas que encetam um foie gras e mandam o resto fora…
- que Cristo (interessante nesta época Pascal) teria sentido que merecia o castigo da morte por ter com ele uma culpa ancestral - ou não mataram todos os bebés na tentativa de o matar a ele?
- que a ideia de fazer parte da “resistência” lhe era estranha e desagradável, por ter de se proteger desse mundo “inferior” das trincheiras.
- (…)
Começamos com um homem cheio de virtudes, altruísta, disponível, que se vai revelando aos poucos, na sua postura narcisica, egoista, e de quem usa o outro, sabendo ler as suas fragilidades, sugando-o, manipulando-o para se validar, no final, na sua presunção e “verdade individual”.
E cansativo também por ser um monólogo do princípio ao fim? O “outro” existe apenas como interlocutor imaginado (por nós os leitores) como um personagem neste enredo mas, de quem nada sabemos na verdade.
SINOPSE:
Num bar de marinheiros em Amsterdão, um homem que se apresenta como juiz-penitente enceta conversa com um desconhecido. Entre copos de genebra e deambulações pelas ruas daquela cidade de canais concêntricos, a fazer lembrar os círculos do inferno, recorda a sua vida passada como respeitável advogado parisiense, insuperável na defesa de causas nobres e nas conquistas amorosas. Mas à medida que a confissão se desenrola as ambiguidades acumulam-se, os motivos ocultos revelam-se, os triunfos desabam.
Narrativa mordaz, de uma ironia brilhante, A Queda descreve uma viagem de decadência até às mais obscuras infâmias do homem moderno. Publicado pela primeira vez em 1956, foi o último livro de ficção lançado em vida por Albert Camus.
Imagino ser um livro com uma narrativa muito interessante de ler
ResponderEliminar.
Deixando votos de uma Páscoa muito Feliz, extensivos à sua família, e mais pessoas, que estejam em seu coração.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Já o li e sinceramente não gostei.
ResponderEliminarBom domingo de Páscoa para ti e todos os teus.
Beijocas
O autor nunca foi conhecido por ser leitura fácil.
ResponderEliminarBoa semana